sábado, 5 de novembro de 2016

CEFET

Texto de 12/2009

Estou a segurar quaisquer eventuais lágrimas por hoje na tentativa de guardá-las para amanhã. Por mais que o dia de hoje esteja pedindo por elas. Clamando, para ser mais exato. Um dia marcado para ser nostalgico, apesar de não tanto quanto amanhã. 
Dias fadados a serem nostálgicos. O CEFET foi e será, em minhas memórias ao menos, o local em que me senti mais a vontade. Onde eu encontrei pessoas com quem eu gostava de conversar sem me enfadar, onde eu não era a única a conhecer animes, mangás, rpgs em geral... Um local onde eu passaria até mais de 12 horas, fora o tempo em casa. Dedicação exclusiva que eu aceitei dar sem reclamar. E eu lembro de tantos detalhes, tantas conversas, algumas brigas, problemas sem dúvida, confusão mental, acordar cedo, trânsito... E apesar de tudo, me sentir feliz por estar indo ao colégio. Não irei mentir dizendo que isto foi verdade todos os dias, houve uns que cheguei lá arrastada, de mal humor e que simplesmente me isolei. Acontece. O CEFET continua sendo meu "lugar ao sol". As pessoas que ali me amiguei se tornaram especiais cada uma de uma forma, é clichê dizer, mas acho que todas elas de alguma forma me ensinaram algo. Mesmo que fosse como não fazer alguma coisa ^^Nos outros colégios em que estudei, eu tive de aprender a apreciar o local. Com o CEFET foi o contrário. Lembro ainda do dia da matrícula, eu passando pelo bosque. Aquele local é a minha primeira imagem do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Não era o recanto em que eu me encontrava boa parte do tempo. Entretanto, era o local que eu gostava de observar. Todas as nuances de cores, os sons, os gatinhos - que estão ficando mais educados ultimamente - Tudo tão aconchegante que eu poderia jurar que não estava mais no colégio.A sensação de pertencer, de estar em casa, vai passar, eu sei. Poucos anos se passarão e eu voltarei lá e não reconhecerei aquele lugar como um lar. Por ora, eu quero aproveitar estes últimos dias, últimos dos últimos. Tentando me lembrar de tudo e ainda assim segurando o choro.Contudo, é difícil ante a visão de coisas simples e ainda assim importantíssimas. Os armários rabiscados, as pixações aleatórias, recados em livros, apresentações de trabalhos e salas de aula. D326, 1MMED 2007, a melhor turma. Lembro da semana "perfeita" minha e da Alana, com a visita técnica no centro, comer na fonte da Veiga, desconfio, mau-mau, vendo Quebrando a Banca por 2 reais no cinema, vendo Ultimato Bourne com uma galera que não viu os outros 2 filmes (aliás, só eu vi a trilogia, mas ok) e brigadeiro. Brigadeiro de Lanuxa. A semana mais especial do primeiro ano , sem dúvida.Lembro bem do dia do trote. E é engraçado notar que os calouros daquele dia, meus companheiros de trote, foram meus verdadeiros companheiros de CEFET. Claro que a eles se somam algumas poucas pessoas. Mas, a Lana, Bia, Marlon e Tâmara, que estiveram presentes naquele início marcaram o primórdio. Somando-se a eles minha gêmula, Verton e Tóia, acho que temos o octeto de turismo. Um povo que fez minhas manhãs mais agradavéis. Amanda com seu jeito Adriana então...São pessoas que me fizeram rir, sentir raiva, pensar, me preocupar... Eu realmente não deveria citar nomes, mas estes foram os que eu mais me importei. São estas as pessoas que fizeram parte de toda a minha estadia no CEFET.E nesta reta final, só queria virar para um calouro e falar claramente para ele que estes serão os melhores 3 anos da vida deles. Que eles devem ser inconsequentes e se preocupar menos e aproveitar ao maxímo. E não passarem pelo CEFET como se estivessem em um colégio comum. Nunca um local pode fazer tanta diferença em minha vida. E eu sei que tomei a decisão correta em voltar um ano. Ali muito aprendi, muito aproveitei, tive de me moldar para notar que não deveria tê-lo feito. E nestes últimos meses, tomei o caminho certo. Só me arrependo de não haver mostrado mais quem eu era para todos, de aparentar ser tão feliz, e meu único consolo é que as pessoas que me importam mesmo, nunca se enganaram. Não totalmente... E como já disse, nos últimos meses, fui ainda mais feliz naquele colégio, por aos poucos conseguir dizer um pouquinho quem eu sou. Não totalmente, eu sei. Mas, mais do que já mostrei.Sentirei saudades. Por cada vão momento, cada aprendizado, cada loucura, cada almoço, cada trabalho bizarro e legal. Amo, amo muito este local. E agradeço por ter estado lá. Saudades...

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